Bordar é filosófico.
Traços desenhados em fundo escuro, claro ou cromático com agulha, linhas , pontos, laçadas e arremates revelam a trama de descobertas singulares.
Com o bordado descubro que o erro propicia entendimento de nós mesmos.
O errar, portanto, é também bacana.
Na consideração do lado bom cada erro traz surpresas e soluções próprias.E cria coisas únicas.
Já os acertos, ah! estes deslizam e refrigeram o humor. Maravilha inventar pontos e laçadas, abrir novas trilhas, sem riscos que arrisquem o criativo.
Basta seguir o imaginário,a intuição, e surpreender-se em possibilidades e ritmos variados, respirando a vida.
Errante e impávida a agulha mostra resultados felizes, surpreendentes.
Na estrada bordadeira nos aventuramos, um ponto cá, dois pontos lá e já se evidencia mapa de novos rumos q podem ou não se finalizar. O coração sorri.
A linha pendurada, espera.
Nesta dança colorida, enigmática e sempre linda uma coisa é certa: a bordadeira que termina não é mais a que começou.
Katia Chaves Romano
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